sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Deixa-nos a tua opinião sobre esta realidade!

  • O que pensas o que é o Tráfico Humano
  • Lembraste de alguma campanha sobre o Tráfico Humano
  • Achas que as pessoas tem informação suficiente sobre esta temática

Deixa o teu comentário ou se preferires manda para o nosso e-mail  traficohumano.grupo1@gmail.com

Ficamos á espera das vossas opiniões!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

 Entrevista à APAV de Lisboa


     Um dos nossos objectivos deste trabalho era visitar a  APAV de Lisboa, visto que nessa Associação lidam com vitimas de Tráfico Humano, mas o mesmo não foi possível. Por isso, entramos em contacto com a APAV via e-mail e fizemo-lhes algumas perguntas.


1- Há quanto tempo foi criada a Unidade de Apoio à Vítima Imigrante e de Discriminação Racial ou Étnica (UAVIDRE)?

      A Unidade de Apoio à Vítima Imigrante e de Discriminação Racial ou Étnica (UAVIDRE) foi criada em 2005 através de um protocolo entre a Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (APAV) e o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI). A criação da Unidade deveu-se à necessidade de prestar um apoio ainda mais especializado para a sua população alvo (i.e., vitimas imigrantes e de discriminação).
    Na UAVIDRE o/a utente pode ser informado/a acerca dos seus direitos e a forma de os exercer, ter apoio psicológico, emocional e social, tudo de forma confidencial e gratuita, e num local seguro e isento. A unidade presta apoio na elaboração de queixas e outros documentos legais, seja no âmbito de um processo-crime onde não esteja representado/a por advogado, seja em outras situações em que a língua e os formalismos possam ser um obstáculo ao exercício dos seus direitos.

2- Lidam com muitos ou poucos casos de tráfico humano?

      Mais importante do que a quantidade de casos que recebemos, importa salientar o sofrimento que uma vítima de tráfico enfrenta.
Mais taxativamente, o número de vítimas que procuram a APAV tem aumentado a cada ano. No decorrer do ano 2010, a APAV registou 16 utentes vítimas de Tráfico de Seres Humanos para exploração sexual ou laboral, cujas estatísticas podem ser consultadas no site da Associação.
No entanto, importa ressaltar que estes números não reflectem a realidade do crime em Portugal.

3- Acham que os números de casos de tráfico humano têm vindo a aumentar ao longo dos anos?

    Em Portugal apenas recentemente foram desenvolvidas algumas medidas de monitorização do fenómeno (e.g., Observatório de Tráfico de Seres Humanos), pelo que não existem dados oficiais referentes a anos anteriores. No entanto, podemos avançar que, pelos dados estatísticos da APAV, temos assistido a uma evolução gradual de sinalização de vítimas de Tráfico.

4- Qual foi o pior caso que presenciaram de tráfico humano?

      Cada caso é caso e seguindo este mote, todos os casos que acompanhámos e acompanhamos têm características diferentes e factos únicos. Não podemos afirmar a existência do “pior caso”. Podemos antes sublinhar os factos bastante graves que os nossos utentes apresentam como a fragilidade que revelam quando nos procuram, os traumas que revivem quotidianamente, a crueldade e desumanização a que foram sujeitos, etc.

5- Como é que actuam perante estes casos?

     Como a qualquer vítima que recorra aos serviços da APAV-UAVIDRE, mediante a sua necessidade, prestamos apoio emocional, jurídico, psicológico e social, em atendimentos personalizados e totalmente confidenciais e gratuitos. Caso o utente ainda não tenha denunciado o crime às autoridades, informamos sobre a mais-valia do mesmo e a forma como se processa o sistema judicial nestas situações.
     Em termos de apoio mais directo, podemos, a título de exemplo, agilizar mecanismos institucionais e procurar um acolhimento de urgência e de segurança; construir com a vítima um projecto de vida através do apoio psicológico; acompanhar a vítima em diligências externas (e.g., acompanhá-lo ao Ministério Público, Hospitais, Segurança Social, etc.), de entre outras formas de apoio.

6- Com que razões é que as vítimas justificam ter caído numa rede de tráfico humano?

     Uma vez mais salientamos a particularidade de cada caso. No entanto, verificamos que o aliciamento de melhores condições de vida é um dos argumentos mais comuns que os recrutadores utilizam entre as vítimas

7- Em qual dos sexos a incidência deste crime é maior?

     Relativamente ao género da vítima, parece existir uma maior incidência de vítimas mulheres quando se trata de exploração sexual. Paralelamente, quando a finalidade do Tráfico é a exploração laboral, parece existir um maior número de vítimas homens. Ainda assim, sublinhamos o facto destas diferenças não serem significativas.

8- Quais costumam ser as características das vítimas envolvidas no tráfico humano?
9- Essas pessoas vêm essencialmente de classes pobres?
10- Em que faixa etária este crime é mais incidente?

      Questão 8, 9 e 10: A população alvo dos recrutadores, e tendo em conta o principal argumento de aliciamento (i.e., melhores condições de vida), tende a ser pessoas com algumas dificuldades financeiras e originárias de países com problemáticas sociais vincados.
    Quanto à faixa etária torna-se mais complexa a resposta, uma vez que o Spectrum de idades é bastante grande. No caso de existirem crianças ou adolescentes traficados, estes serão classificados como vítimas de Trafico de Crianças
11- Assistiram a mais casos de emigrantes estrangeiros vítimas deste crime ou de pessoas com residência em Portugal, neste caso, portugueses?

    Ainda que existam muitos portugueses vítimas de redes nacionais e internacionais, de facto a maioria dos utentes que recorrem à APAV são de outras nacionalidades.

12- De onde vem o dinheiro para a sustentação da vossa associação? Provém de particulares ou o estado comparticipa algumas das coisas de que necessitam?

      Em suma, a APAV é uma instituição sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma individualizada, qualificada e humanizada, vítimas de crimes, através da prestação de serviços gratuitos e confidenciais. Como tal, enquanto Organização Não Governamental, a gestão financeira é bastante complicada e dependemos, em grande parte, dos nossos associados e de donativos comunitários.

13- Acham que existe informação suficiente sobre este assunto?

      Apesar de nos últimos anos termos assistido a um maior investimento na divulgação do crime de Tráfico de Seres Humanos, cremos que ainda existe um longo percurso a percorrer. À semelhança do crime de Violência Doméstica há 10 anos atrás, é necessário sensibilizar as várias comunidades, a população jovem nas escolas, os profissionais que lidam com imigração, com o crime e, inclusive, com profissionais de saúde, em suma, a população em geral, para a realidade do Tráfico de Seres Humanos. É necessário alertar as pessoas para a realidade deste crime, uma vez que é bem mais preponderante do que todos nós julgamos e que todos nós temos responsabilidade cívica para com este flagelo.
 
 
 
           Definição de Inquérito por Questionário

O inquérito por questionário é uma técnica de recolha de dados mais simples e acessível. Utiliza-se para conhecer as atitudes, opiniões, as preferências ou os comportamentos que quem questiona pretende entender e estudar. É constituído por perguntas ordenadas de determinada ordem. Deve ter um planeamento prévio: quem se irá inquirir, o que se pretende saber, o que se irá perguntar, como se irá fazer a recolha de dados e como irão ser tratados. Só depois é que se deve efectuar a realização do inquérito.

Vantagens e Desvantagens do Inquérito como Técnica de Investigação

Um inquérito por questionário pode ser constituído por questões fechadas, abertas e semiabertas.
Em relação às questões fechadas, têm vantagens na medida em que condicionam as respostas aos inquiridos e favorecem quem analisa o inquérito. Este tipo de questões são desvantajosas, pois existe pouca profundidade de informação.
Em relação às questões abertas a desvantagem é que o tratamento de dados é mais difícil, mas em contrapartida os dados são mais ricos pois reflectem a opinião do inquirido face à pergunta.
Por último, as questões semiabertas evitam as limitações das questões fechadas e das questões abertas, são porém, uma conjugação das duas. 

A Aplicação do Inquérito por Questionário

Este inquérito, ao contrário do primeiro realizado pelo grupo 1, abrangeu não só alunos da escola, como pessoas exteriores à comunidade escolar. Esse grupo de pessoas que respondeu ao inquérito recebeu o link através de e-mail.
O grupo esperava receber mais respostas, o que não sucedeu.
As conclusões tiradas não podem ser generalizadas pois o número de respostas foi bastante baixo (31).

Conclusões das resposta ao Inquérito por Questionário



·         Em relação à primeira pergunta, 22 pessoas sabem o que é o tráfico humano, 4 não sabem de todo e 5 pessoas apenas têm uma ideia

·         Quanto à segunda questão, 14 pessoas sabem que existe tráfico humano em Portugal, 6 não sabem e 11 têm uma ideia de que existe este crime no nosso país.

·         Em relação à terceira pergunta, 5 pessoas sabem que existe uma linha de apoio a vítimas de tráfico humano, enquanto que 18 não sabem de todo que existe essa linha e 8 têm a noção de que existe uma linha de apoio, embora não saibam qual

·          Na quarta questão, nenhuma das pessoas questionadas tem conhecimento de algum caso de tráfico humano, logo as 31 pessoas inquiridas disseram que não

·         Na quinta pergunta, 29 pessoas responderam que acham o sexo feminino o mais afectado pelo tráfico humano, enquanto que 2 pessoas acham que é o sexo feminino.

·         Em relação à sexta questão, 5 pessoas sabem o lucro que é gerado com o tráfico humano, enquanto que 10 têm uma ideia e 16 não sabem mesmo o rendimento deste crime.

·         Na sétima questão apenas uma pessoa respondeu que o lucro era de milhares, enquanto que 6 responderam que era de milhões e a maioria (24 pessoas) respondeu que não sabia.

·           Em relação à oitava pergunta, 2 pessoas responderam que quem entra em redes de tráfico humano consegue sair delas facilmente, ao contrário das 29 pessoas que disseram que não.

·         Quanto à nona pergunta, 7 pessoas responderam que acham que existe informação suficiente acerca do tráfico humano. 24 pessoas acham que não existe.  

·         Quanto à décima pergunta e última, a grande maioria (27 pessoas) acham que é importante ser divulgada informação acerca do tráfico humano. Enquanto que 4 acham que não.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Inquérito por Questionário

  Pretende-mos ter uma noção daquilo que as pessoas sabiam nos dias de hoje acerca deste assunto, para assim termos uma orientação do que devemos ou não abordar no trabalho, para isso fizemos um inquérito por questionário.
    Incidimo-nos em questões que nos levassem a saber os conhecimentos que as pessoas possuiam sobre o Tráfico Humano.


1-Sabes o que é o tráfico humano?
·         Sim
·         Não
·         Tenho uma ideia
 2- Sabes que este crime existe em Portugal?
·         Sim
·         Não
·         Tenho uma ideia
3- Sabes que existe uma linha de apoio a vítimas de tráfico humano em Portugal?
·         Sim
·         Não
·         Já ouvi falar
4- Tens conhecimento de algum caso de tráfico humano?
·         Sim
·         Não
 5-Qual achas ser o sexo mais afectado pelo tráfico humano?
·         Feminino
·         Masculino
6-Tens a noção do lucro que é gerado com este “negócio”?
·         Sim
·         Não
·         Tenho uma ideia
7-Se respondeste que sim, achas que o lucro é de:
·         Milhares
·         Milhões
8- Achas que as pessoas que entram nesse “negócio” conseguem sair dele facilmente?
·         Sim
·         Não
·         Não sei
9- Qual achas ser a faixa etária mais afectada pelo tráfico humano?
·         10 aos 15
·         16 aos 25
·         26 aos 35
·         36 aos 45
·         46 aos 55
10- Achas que existe informação suficiente acerca do tráfico humano?
·         Sim
·         Não
·         Mais ou menos
11- Achas importante que seja divulgada informação acerca deste assunto?
·         Sim
·         Não

12- Achas que Portugal tem meios para combater o tráfico humano?
·         Sim
·         Não
·         Talvez

Se quiseres, deixa a tua resposta indicando apenas a sua idade!
Neste video podemos ter uma noção geral do que realmente é o Tráfico Humano!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Introdução

Quem nós somos?
Somos um grupo da Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, constituído pelas alunas: Andreia Baptista; Jessica Vidal; Joana Machado; Tânia Ribeiro.


O que vamos abordar em Área de Projecto?
Pensamos em abordar muitos temas e chegamos á conclusão de que devíamos fazer sobre o Tráfico Humano.


Porque é que escolhemos este tema?

Nós escolhemos este tema por diversos motivos. Primeiro,  é um tema que pensamos que já sabemos tudo, mas se nos depararmos com algumas questões, vimos que não temos a certeza da resposta! Por isso, pretendemos esclarecer algumas das dúvidas que muitas das pessoas tem acerca deste tema.
   Segundo, se pesquisarmos, reparamos que é um dos “negócios” onde mais lucram durante um ano. Mas perguntamos: Onde e como conseguem “arranjar” tantas vitimas? É fácil, talvez fácil demais! Uma das hipóteses é raptarem a pessoa! Outra, que é a mais frequente, é a promessa de algo melhor e no final reparam que tudo não passava de uma falsa promessa!
     Por essas razões, vamos fazer o nosso projecto sobre este tema, que cada vez mais, está mais actual!

O que iremos fazer ao longo do ano?
  • Pretendemos transmitir mais informação sobre o Tráfico Humano através de apresentações e através do nosso blogue
  • Fazer entrevista a várias associações/ instituições que lidam com pessoas vítimas de Tráfico Humano!
  • No blogue: pretendemos colocar toda a informação, vídeos, imagens e algumas curiosidades que acharmos mais relevantes!